terça-feira, 27 de outubro de 2009

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Caminhada Pedestre - Cascata da Cabreia e Minas do Braçal - 24 de Maio de 2009 - Divulgação trabalho Grupo PROJECTO RIOS - Jogos Tradicionais

A Caminhada, organizada por parceiros do Grupo do Projecto Rios, contará num troço do percurso, com uma banca de divulgação do trabalho que têm desenvolvido no Projecto Rios com posters e onde os caminhantes poderão conhecer os insectos aquáticos que nos permitem avaliar a qualidade da água e conhecer os materiais de campo do novo Kit que o Grupo vai passar a usar no seu trabalho nos rios Bom e Mau.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Parabéns à Liga dos Amigos do Folharido e Braçal pelo seu 1º ano de actividade


(Foto jornal Beira vouga)

A 6 de Janeiro de 2009, a Liga dos Amigos do Folharido e Braçal, fundada pelo seu presidente Paulo Lourenço e por Fernando Matos e parceira do nosso Grupo Projecto Rios, completou formalmente um ano de actividade. Com quase 200 sócios, o seu objectivo é promover actividades sociais, culturais e recreativas para dinamizar o Folharido e tem sede na antiga Escola do Folharido, que recuperaram. Estão de Parabéns, com votos de Felicidades e Bom Trabalho para os anos vindouros!

Ler artigo publicado por Fernanda Ferreira a 16 Janeiro 2009 no jornal Beira Vouga

I Encontro Nacional do Projecto Rios


Vai decorrer de 29-31 Janeiro no Porto, a par das XVI Jornadas da ASPEA-Encontro Nacional de Educação Ambiental, o I Encontro Nacional do Projecto Rios. As Monitoras Ana Jervis Cunha e Ana Cristina Silva estarão presentes com o objectivo de partilhar experiências, incluindo o trabalho iniciado pelo nosso Grupo de Silva Escura. As informações e conclusões retiradas deste Encontro serão aqui relatadas.

O programa pode ser consultado no site da ASPEA.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

O Rio e a poesia - os sentidos!!!

Cada vez mais é primordial restabelecer as ligações de pertença e afectividade com o local que habitámos, conhecermos melhor a nossa terra, porque só tendemos a amar e preservar aquilo que conhecemos bem, e como pensava Fernando Pessoa:
“(…)
Mas poucos sabem qual é o rio da minha aldeia
E para onde ele vai
E donde ele vem.
E por isso, porque pertence a menos gente,
É mais livre e maior o rio da minha aldeia.
(…)
O rio da minha aldeia não faz pensar em nada.
Quem está ao pé dele está só ao pé dele.”
«Alberto Caeiro»

O despertar dos sentidos são essenciais para compreender a paisagem que nos rodeia, faz todo o sentido que, quando envolvidos e inseridos no meio natural, se pratique o exercício de fechar os olhos e em silêncio se escute os sons que nos rodeia – a água que corre, o pássaro que canta, etc., os vários aromas que nos invadem, e principalmente, esquecer todos os problemas que nos afectam e percepcionar a harmonia com que a natureza se manifesta.

“A própria história da Vida encontra-se codificada na paisagem à nossa volta.”
(…)
Olhar e perceber sobre o que vemos, sobre o que lá existe,
sobre o que já existiu, ou mesmo sobre o que poderá existir,
ou não, no futuro.
Olhar e pensar sobre o que está presente em cada rua da
nossa cidade, em cada campo cultivado, em cada rio, monte
ou floresta, é abrir a porta para um verdadeiro diálogo e
principio de um entendimento entre a natureza e a sociedade.
É urgente colmatar a pouca afectiva que as
populações locais exibem hoje em dia em relação à paisagem
que as envolve. Esse desinteresse leva a algumas
consequências graves como a desvalorização do património
histórico, o desmatamento desnecessário, ou ainda à
sobrevalorização de tudo o que representa o” novo” e o
“moderno”.
Ao educar para os Valores da Paisagem (…)
É permitir que valorizem e preservem as paisagens locais e
garantir que estas possam ser usufruídas pelas gerações
futuras.
«David Abram»

sábado, 10 de janeiro de 2009

Artigo publicado no Jornal Beira Vouga na 1ª quinzena Janeiro 2009

O Projecto Rios em Silva Escura foi divulgado no jornal quinzenal Beira Vouga na 1ª quinzena de Janeiro de 2009, através de um artigo redigido pelos Monitores.
Ler na edição online do Beira Vouga.

1ª saída de campo-Troço Rio Mau









No dia 8 de Dezembro de 2008, após alguns adiamentos devido a más condições meteorológicas, realizou-se a saída ao troço do Rio Mau.

Partimos pelas 15h da sede da Liga dos Amigos do Folharido e Braçal, tendo começado a monitorização na Ponte da Vessada, onde existe um moinho, que observámos ter a mó soldada.

Aqui, constatámos a boa qualidade da água após realizar as análises físico-químicas e identificar macroinvertebrados aquáticos bioindicadores da qualidade ambiental existentes nas margens e folhas. Encontrámos também pequenos peixes Bordalos. Era visível algum entulho da construção civil numa das margens junto à ponte e a presença de Acácias, Feto-real, Violetas-de-água, Morangueiros-silvestres e Feto-pente na vegetação da galeria ripícola.

Realizámos outra monitorização a jusante na Vessada do Moinho, onde encontrámos uma Salamandra-Lusitânica e Escorpiões-de-água.

Ficou definido que o ponto de amostragem deste troço será na Ponte da Vessada.

A saída terminou pelas 17h30 com um lanche-convívio na sede da Liga dos Amigos do Folharido e Braçal, onde nos recompusemos do frio que já se fazia sentir.

1ª saída de campo-Troço Rio Bom









No dia 22 de Novembro de 2008 realizou-se a 1ª saída de campo.
Reunimo-nos todos na Liga dos Amigos de Romezal pelas 14h, onde organizámos os 4 grupos de trabalho e seguimos para o início do troço na cascata.

Éramos 26 participantes e alguns curiosos e a saída decorreu com animação.
Observámos o estado dos moinhos a necessitar de recuperação, tendo encontrado 2 partes de mó no leito do rio.
Contaram-se estórias sobre rios e moinhos, que antes eram usados por várias famílias simultaneamente, mas que hoje, despojados das suas funções, aguardam alguma atenção.

As margens da galeria ripícola* estavam povoadas por espécies autóctones* típicas da zona como o Feto-real (Osmunda regalis), mas também por plantações de Eucaliptos e Cerejeira para produção de madeira, Acácias e Maria-mole ou Erva-da-Fortuna (Tradescantia fluminensis) que cobria vastas áreas nas margens, necessitando de uma intervenção de modo a erradicar as espécies vegetais exóticas invasoras*, que não deixam crescer livremente as nossas espécies típicas das margens.

Pela observação dos resultados das análises físico-químicas da água e dos macroinvertebrados bioindicadores da qualidade ambiental encontrados, apurámos que a água tinha boa qualidade.
Em Abregô encontrámos uma Rã-ibérica (Rana iberica) e ovos presumivelmente de anfíbio.

Fizemos 2 pontos de amostragem, na cascata e na ponte em Abregô e escolhemos como ponto de amostragem deste troço o ponto da cascata, por ter bom acesso, os moinhos, espaço e enorme beleza natural.

Terminámos pelas 17H com um lanche-convívio na Liga dos Amigos de Romezal, para retemperar as forças.
*galeria ou floresta ripícola - corredor verde formado pela vegetação ribeirinha herbácea, arbustiva e arbórea que se desenvolve nas margens das linhas de água doce.
*espécie autóctone ou nativa ou indígena - animal ou planta que ocorre naturalmente num local; o contrário de espécie alóctone ou exótica. Exemplos de plantas: Salgueiro-branco e negro, Amieiro, Carvalho-roble ou alvarinho, Feto-real, Pica-burros, ...
*espécie vegetal exótica invasora - planta que não ocorre naturalmente num local, tendo sido trazida a partir de outro local onde é natural, intencionalmente ou não, apresentando no local onde é exótica um comportamento invasor do território impedindo as espécies nativas de coexistirem com ela, seja por lhes retirar terreno ou por ter uma estratégia de reprodução e disseminação muito eficaz e não ter predadores naturais que se alimentem dela. Exemplos de plantas e peixes: Eucaliptos, Acácias, Chorão-das-areias, Jacinto-de-água, Maria-mole, Achigã, Perca-sol, Lúcio, ...

2ª saída prévia para selecção dos troços a adoptar e reunião de parcerias





A 26 de Outubro de 2008, um grupo de representantes das organizações locais e Monitores visitou a parte superior do Rio Bom em Romezal, onde tem 5 moinhos a necessitar de recuperação. Durante a visita, definimos que adoptaríamos estre troço, desde a Cascata até à ponte de Abregô, totalizando cerca de 500m, por ter bom acesso e beleza paisagística, e albergar moinhos e margens a necessitar de intervenção.
A montante deste local, encontrámos uma Truta-de-rio (Salmo trutta), Rã-ibérica também chamada de Rã-castanha (Rana iberica) e pegadas de Javali.
A 1 de Novembro de 2008 reunimos na sala da Junta de Freguesia de Silva Escura para fazer a apresentação do Projecto Rios aos eventuais parceiros, tendo-se no final da reunião firmado uma parceria entre o Grupo R.C.S.Silvaescurense, Liga dos Amigos do Folharido e Braçal, Liga dos Amigos de Romezal, Junta de Freguesia de Silva Escura, empresa Desafios e Câmara Municipal de Sever do Vouga.
Marcou-se a data da 1ª saída de campo ao troço do Rio Bom para 22 de Novembro de 2008 e a 1ª saída de campo ao troço do Rio Mau para 29 de Novembro.

1ª saída prévia para selecção dos troços a adoptar



A 18 de Outubro de 2008 foi realizada a saída prévia para seleccionar os troços de rio a adoptar.
Participaram representantes das organizações intervenientes e Monitores e visitámos o Rio Bom começando de montante para jusante, pela cascata da Fílveda, nas Bouças, seguindo até à Praia Fluvial em Dornelas.
A Cascata da Fílveda, não obstante a sua grande beleza natural, não oferecia boas condições de acesso para executar os trabalhos em causa para este Projecto, dado o grande declive.
Na Praia Fluvial encontrámos bastantes Salamandra-Lusitânica (Chioglossa lusitanica), uma espécie abundante apenas localmente e protegida por Lei.


Início do Projecto Rios em Silva Escura-Sever do Vouga

O Projecto Rios teve o seu ponto de partida a 21 de Setembro de 2008, durante a realização da Caminhada pedestre da Cabreia ao Braçal, organizada pelo G.R.C.S.Silvaescurense e Junta de Freguesia de Silva Escura.
Foi aí que se começou a delinear uma parceria entre organizações locais e os Monitores do Projecto Rios.
Os objectivos seriam associar a monitorização dos cursos de água com a recuperação dos moinhos, uma aspiração antiga da população local.
Posteriormente, a 15 de Outubro de 2008, foi realizada uma reunião informativa com o Coordenador Técnico do Projecto Rios Eng. Pedro Teiga, donde saiu a vontade de implementar o Projecto Rios.